PADRE ANTÔNIO MARIA
entrevista concedida a Carlos Eduardo F.Bittencourt para o
Grupo Um Milhão de Amigos

12.08.199




“Foi Deus que há 50 anos chamou-me à vida como fruto do amor de meus pais. Foi Deus que me fez padre e padre do Instituto dos Padres de Schoenstatt, filho espiritual do Padre José Kentenich. Foi Deus que me deu no Santuário Mãe Três Vezes Admirável lar, abrigo e fonte restauradora. Foi Deus que me fez passar a adolescência sonhando ser Roberto Carlos. Foi Deus que me mostrou meu próprio caminho chamando-me para o sacerdócio sem nunca ter tirado do meu peito a admiração e o carinho por esse rei-cantor da minha e de outras gerações. Obrigado, Roberto, pelo presente que é cantar “Nossa Senhora”, de sua autoria e de Erasmo Carlos. Você disse-me um dia, nesse seu jeito simples e humilde, que não foi você que fez para Ela essa canção e sim Ela que fez para você. Tudo bem, mas você foi o instrumento. As cordas do seu coração estavam bem dispostas e afinadas. Eu e milhões de brasileiros, que como você amamos a Virgem Mãe, queremos lhe dizer: Obrigado! Fazemos parte das gerações que a chamarão bem-aventurada, como Ela profetizou. Esse canto lindo veio facilitar nosso louvor. Minha canção “Sonho e Realidade” é um pouco do muito que eu gostaria de lhe dizer. Que a Mãe o guarde na paz do seu olhar!”
Depois dessas palavras que encontramos no seu CD “Foi Deus”,
só nos resta mesmo dizer:
com vocês, para uma emocionante conversa, Padre Antônio Maria.

* Como o senhor tomou conhecimento da carreira de Roberto Carlos?
"Pe.AM" – No início da minha juventude o rádio era a grande força da mídia. Eu vivia literalmente de rádio ligado o dia inteiro pois estudava num ginásio à noite. Tinha o dia por minha conta. Aí conheci as canções do Roberto Carlos e me identifiquei com ele. Quando o via pela televisão admirava o medalhão de Jesus que ele levava no peito. Eu não pensava ainda em ser padre, mas aquele sinal religioso já me dizia muito. Se eu soubesse que meus pais não se importariam, juro que usaria aquele medalhão e as roupas que ele usava. Coisas de jovens, não é? Hoje até entendo melhor aquela minha admiração por ele. Vejo tudo dentro de um plano de Deus.

* No seu disco “Foi Deus” o senhor disse que na adolescência queria ser Roberto Carlos. Que influência o senhor recebeu dele nessa época?
"Pe.AM" – Justamente! Como eu, desde pequeno gostava de cantar, e diziam que eu cantava bem (e eu acreditava), sonhava em ser cantor. E é claro, para mim o cantor era ele. Eu queria ser como ele. Por isso quando o via na televisão prestava bem atenção aos gestos, ao jeito dele, para imitar. Não devo ter tido muito sucesso nessa tentativa... Ele é ele! Já no seminário, querendo agora ser padre, mas admirando sempre Roberto Carlos, cantei algumas canções dele nas festinhas, só que as letras eram mudadas. “O calhambeque” a gente cantava assim: “A vida é um cadillac, vai correndo todo dia / Se tudo corre bem essa vida é uma alegria / Mas se você viver correndo pela contra-mão preste atenção prá ver / A vida vai virar um calhambeque!” E cantava outra, com a música “Quero que vá tudo pro inferno”: “Eu tive fome e me destes de comer / Eu tive sede e me destes de beber / Eu era peregrino e me acolhestes / Eu estava nu e vós me vestistes / Quero que vocês venham pro reino eterno / E que tudo mais vá pro inferno”.

* Que lembranças o senhor tem da Jovem Guarda?
"Pe.AM" – As lembranças da Jovem Guarda? As melhores! Um tempo em que se era jovem de verdade, e se cantava a alegria de ser jovem. Eu me lembro que íamos para o ginásio cantando em grupo os sucessos da Jovem Guarda. Tudo era mais puro e mais autêntico em nós, jovens! Nós vivíamos a alegria de partilhar as emoções que essa ou aquela música transmitia. A gente não vivia egoisticamente pendurado num “walk man”.

* Em seu CD o senhor também diz que quando foi chamado por Deus para seguir o sacerdócio nunca perdeu a admiração pelo Roberto Carlos e por sua carreira. Suas músicas religiosas tiveram alguma influência nessa caminhada?
"Pe.AM" – É verdade! Quanta coisa que me marcou na adolescência e juventude foi esquecida mas a figura, a pessoa, a música do Roberto ficaram sempre presentes! Era algo mais interior, sabe? Não sei nem explicar. Quer dizer, até sei, hoje, é claro! Mas naquele tempo não sabia. Deus queria fazer de mim um cantor dele e por isso quis mostrar-me o que é um cantor. É por isso que eu dizia há pouco que vejo tudo isso como parte de um plano de Deus. Não resta dúvida de que suas músicas religiosas marcaram e influenciaram minha caminhada. A canção “Jesus Cristo” ainda hoje é um encontro com Jesus, é um estar na frente d’Ele e dizer mesmo, lá no fundo: Eu estou aqui também! Quando canto essa canção no meus shows peço ao povo, num determinado momento para cantar bem baixinho, lá dentro do coração: “Jesus Cristo, Jesus Cristo, Jesus Cristo, eu estou aqui!” É uma oração! É uma tomada de posição frente ao Mestre. Eu estou aqui! É forte demais!

* Quando o senhor esteve com Roberto Carlos pela primeira vez? Como foi estar ali junto do seu ídolo?
"Pe.AM" – Estive com ele pessoalmente, em 81 ou 82. Ele fez um show no Anhembi. Uma pessoa amiga dele fez a caridade de me levar ao camarim. Eu já era padre. Imagine o coração! Quando me vi frente-a-frente fiquei mudo! Lembro-me que quando o abracei eu só pude balbuciar: Obrigado. Nem sei se ele ouviu. Eu dizia a ele e a Deus esse obrigado. Mas ele é tão gente, tão simples, tão verdadeiro que me deixou bem à vontade. Imagine só que quando pedi para tirar uma foto ele escolheu o ângulo melhor. Diante do espelho, no camarim, iria dar reflexo... Ele mesmo me pegou pelo braço e me encaminhou para o outro lado. Quando me despedia dele, nessa ocasião, eu lhe assim: Roberto, eu gostaria de lhe oferecer uma lembrança especial. Como sou padre, permita-me dar-lhe minha bênção sacerdotal? – Claro, padre! Claro! Imagine agora a emoção! Eu parecia um padrezinho recém-ordenado, meio atrapalhado. Mas o abençoei. E foi uma bênção forte! Saiu do mais profundo da minha alma e do meu amor sacerdotal. Terminada a bênção ele me deu um beijo carinhoso na face. Meu Deus!!! Era o carinho de um amigo de fé, de um irmão camarada, mas também de um filho espiritual que Deus me dava naquele momento. Ao sair encontrei-me com dona Laura no corredor. Ela estava sozinha e dirigia-se ao camarim. Para mim foi também emocionante esse encontro. Agradeci a ela o presente que ela nos deu dando-nos o seu filho e disse-lhe: Eu sempre rezei por seu filho mas de hoje em diante vou rezar mais, todos os dias. Tenho cumprido essa promessa!

* Fale um pouco de como surgiu a ideia da música “Sonho e Realidade” que o senhor gravou homenageando Roberto Carlos. Foi difícil fazer a canção?
"Pe.AM" – Não foi difícil. Foi uma das mais fáceis. Ela já estava no coração há muito tempo. Essa música quis ser um muito obrigado a ele por tudo eu recebi e recebo dele.

* Recentemente o senhor esteve com Roberto Carlos após um show em São Paulo, junto com aquela senhora de mais de 100 anos, a dona Maria do Carmo. Como foi a reação dos dois quando estiveram frente-a-frente?
"Pe.AM" – Sim, esse foi mais um presente de Deus: Levar a Maria do Carmo, justamente no dia em que ela completava 126 anos para ver o Roberto Carlos. Roberto disse, entre outras coisas: “Você é que faz aniversário e eu é que ganho presente! Você é um presente para mim”. Ele curvava-se ao lado dela para ficar do tamanhinho dele. Ela estava radiante e segurava, feliz, a rosa vermelha que ele guardou para oferecer pessoalmente àquela fã mais “jovem” de todas as fãs. Também aqui a gente pode ver e sentir o quanto o rei é gente!

* O senhor gravou “Nossa Senhora” mas se tivesse que gravar outra canção de Roberto qual escolheria?
"Pe.AM" – Eu gravaria todas as canções religiosas que ele canta. Todas! Claro que se tivesse que escolher uma então seria “O terço”, pois esse amor à Maria, que ele tem, é outra coisa que me identifica com ele. “O terço” eu ouvi pela primeira vez quando minha mãe estava no hospital, vítima de um derrame que a levou aos céus. Imagine só o que significou para mim ouvir “Com o terço na mão, de joelho no chão vos pedimos / Aliviai as tristezas e as dores que às vezes sentimos...” O Roberto, quando estava gravando essa música, falou-me, por telefone, que nessa canção ele tinha tido a inspiração através da novena da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Ele até recitou uns versos, pelo telefone, para mim: “Com o terço na mão e com fé aprendi, Mãe querida / Que aceitar a vontade de Deus é o maior bem da vida”. Como sacerdote do Instituto dos Padres de Schoenstatt consagrei minha vida à Maria Santíssima, sob o título de Mãe Três Vezes Admirável! Agora, imagine a emoção: saber que minha Mãe Admirável inspirou o meu irmão nessa música tão linda! E eu estava justamente precisando muito de “aceitar a vontade de Deus”.

* Nos diversos shows que faz pelo Brasil o senhor costuma cantar outra música dele além de “Nossa Senhora”?
"Pe.AM" – Sim! “Luz Divina”, “Jesus Cristo”, “Quando eu quero falar com Deus”! Que música linda, não? Que profundidade! E em todos os show que peço ao povo para rezar por ele e por todos os artistas. É importante que Roberto tenha sempre a graça da inspiração divina! E seria tão bom que outros artistas também se deixassem inspirar pelas coisas de Deus, pelo Espírito Santo de Deus! Há muita coisa feia sendo cantada hoje. Já que você fez essa pergunta, eu diria ainda que até “Detalhes” eu seria capaz de cantar. Naturalmente explicaria ao povo que há muitas coisas que parecem detalhes e que são muito importantes para Deus e que Deus nos fala e se manifesta a nós através de coisas simples e pequenas, que podem parecer apenas detalhes mas são sinais fortes d’Ele, como, aliás, Roberto fala na canção “Quando eu quero falar com Deus”: até “numa folha que cai e é levada ao vento” Deus está presente.

* Como o senhor vê a religiosidade de Roberto Carlos?
"Pe.AM" – Uma prova a mais da sua grandeza. O homem torna-se maior quando está de joelhos, quando se torna pequeno diante de Deus, quando reza. Roberto Carlos é um rei porque é filho do Rei e não tem vergonha de testemunhar essa filialidade. Ele é rei porque é filho de uma Rainha, a mãe de Deus, e manifesta essa sua filiação com tanto amor e carinho cantando e rezando a Ela. Sim, eu admiro demais essa faceta do Roberto. Um dia, conversando com o Dudu, o filho do Roberto, ele me falava, com entusiasmo, da religiosidade do pai e dizia: “Meu pai tem uma grande fé!” Que lindo que o pai passe para o filho essa imagem! Essa religiosidade do Roberto é profunda e sincera. Mesmo estando fora de casa, dando shows e outras cidades, ele não deixa de ir à missa aos domingos, como um filho agradecido e educado, que, após receber tantas bênçãos e graças durante a semana, vai à casa do Pai agradecer e pedir a bênção. É maravilhoso esse testemunho.

* No início dos anos 70, quando infelizmente vivíamos uma época difícil, com grandes músicos internacionais pregando o amor livre, as drogas, e até John Lennon falando que os Beatles eram mais importantes que Cristo, Roberto começou a gravar suas mensagens religiosas. Para o senhor não foi um passo corajoso em sua carreira?
"Pe.AM" – Sim! Roberto é um corajoso. Por isso no orfanato, onde pela graça de Deus tenho 50 filhos do coração, tenho numa parede um quadro com o retrato do Roberto ainda menino. Às crianças que perguntam “quem é?”, eu digo: É um menino como você, que podia escolher vários caminhos, que era livre, que até poderia ter desculpas para desanimar na caminhada, mas que foi corajoso e é um exemplo para nós. Aí vou falando e coloco Roberto como um sinal de coragem, de força, de luta, de fidelidade diante de Deus. Que maravilha que ele, através de suas músicas religiosas, tenha tido sempre a coragem de ser filho de Deus, e de manifestar isso com tanta beleza e simplicidade. Isso faz dele realmente o rei. A coroa do Roberto é daquela que não se corrói.

* O senhor já conversou com ele sobre algum tema religioso que ele poderia gravar ou que já gravou?
"Pe.AM" – Mais ou menos. Quando mamãe faleceu Roberto fez questão de me manifestar seus sentimentos. Encontramo-nos antes de um show dele em São Paulo. Eu voltava do Rio de Janeiro, da missa de sétimo dia por mamãe. Falei a ele que durante a viagem surgiram alguns pensamentos sobre uma canção que eu gostaria de fazer sobre o ocorrido, até porque mamãe falecera no dia 13 de dezembro, dia de Santa Luzia, por quem Roberto tem devoção. Falei-lhe que justamente no dia de Santa Luzia mamãe abriu os olhos para Deus, para a eternidade, ao fechar os olhos para o mundo. Ele até me disse: “Olha, se precisar de alguma ajuda, alguma ideia, telefone-me”. E insistiu: “Fique à vontade, viu? Telefone!” Não telefonei. Roberto tem tanto o que fazer. Mas tentei fazer a letra do canto e um dia, em Salvador, entreguei-lhe a letra sugerindo, caso ele pudesse e quisesse, compor a música. Creio que fui até “atrevido”. Agora, uma coisa que ele me disse a respeito da canção “Nossa Senhora” ficou profundamente gravada em mim. Assim que ele gravou essa canção eu pude dizer-lhe: Roberto em nome de Nossa Senhora quero agradecer a você essa música linda que você fez para Ela. Ele respondeu logo: “Eu que tenho que agradecer. Não fui eu que fiz essa canção para Ela; foi Ela que a fez para mim”.

* Gostaríamos de saber sua opinião sobre esse maravilhoso convite que Roberto Carlos recebeu para cantar para o Papa João Paulo II.
"Pe.AM" – Se eu fosse o Papa eu convidaria Roberto todo ano para um show na Praça de São Pedro. Acho muito bom e justo que a Igreja no Brasil tenha feito esse convite. É um jeito de agradecer a um de seus filhos o bem que ele faz aos corações com sua arte e é também um jeito de dizer a ele que continue. Continue, Roberto! Tenho certeza de que o Papa vai vibrar! E seu soubesse gíria o Papa ia dizer: “Esse cantor é um papo”.

* Roberto já conversou com o senhor o que ele está preparando para cantar para o Papa João Paulo II?
"Pe.AM" – Não! Mas quero crer que não vai faltar “Nossa Senhora”, pois Roberto estará cantando para aquele que representa Cristo na Terra. Cristo era e é o filho de Nossa Senhora e o Papa tem como lema “Totus Tuus” (Todo Teu, Maria). * Todos nós, fãs de Roberto Carlos, nos sentimos bastante emocionados quando em 80, no México, o Papa foi homenageado pelas crianças com a música “Amigo” e chegou a cantar um pedacinho da letra. Não sei se o senhor se recorda mas também deu para se emocionar? Pe.AM – Claro que sim! O Papa estava começando seu pontificado. Desde o início eu me alegrei com aquela escolha do Espírito Santo, pelo fato de o Papa ser tão mariano e escolher como brasão a cruz de Cristo e o “M” de Maria. Quando vi aquela homenagem das crianças com a canção do meu ídolo e meu irmão de fé, aí fiquei feliz mesmo. Era para mim a confirmação de muitas coisas que levo comigo, dentro do meu coração.

* Roberto Carlos é um cantor romântico e também tem músicas com letras bem sensuais. Como o senhor recebe essas canções?
"Pe.AM" – A sensualidade, a sexualidade, faz parte integrante do ser humano e é presente de Deus, portanto nada de novo e demais que uma pessoa como Roberto tenha também em suas canções de amor um toque de sensualidade. O bonito de tudo isso é que essa sensualidade tem nível nas canções dele, tem poesia. Até nisso ele é rei e como não é anjo, é de carne e osso, tem mesmo que cantar essas facetas humanas, mas com a dignidade própria dele.

* Depois que o senhor conheceu o Roberto Carlos, conversou com ele, a sua admiração aumentou?
"Pe.AM" – Posso dizer, do fundo do meu coração, que, cada vez que o conheço mais, mais o admiro e estimo.

* Cristo disse que todos nós temos que evangelizar o mundo, independentemente de nossas profissões. O senhor conhece alguma pessoa que tenha passado a se interessar mais pelas coisas religiosas, a frenquentar missas depois de prestar atenção nas atitudes e nas músicas do Roberto?
"Pe.AM" – Claro! Seria longo demais narrar todas as experiências. Só vou contar uma: Em Alagoas, um senhor me procurou e queria que eu lhe falasse do Roberto. Como eu havia gravado “Nossa Senhora”, esse senhor se contentava em falar comigo. Claro que o sonho dele era estar com o Roberto. Entre outras coisas falei que o Roberto rezava o terço. O homem ficou admirado, mas não comentou. Dias depois um amigo meu que o tinha me apresentado falou-me que aquele homem estava agora rezando o terço, coisa que ele não conseguia de jeito nenhum porque achava uma oração sem graça e repetitiva. Valeu o exemplo do rei.

* Gostaria de saber sua opinião sobre a defesa que ele fez favorável à censura do filme “Je vous salue Marie”.
"Pe.AM" – Roberto é um filho querido e devoto de Maria. Nenhum filho que ame a mãe como o Roberto ama, nenhum filho que tenha a sensibilidade que ele tem vai aprovar qualquer coisa que venha desvirtuar a imagem, a pessoa, a figura dessa mãe. Roberto foi apenas coerente. Coisas de rei de verdade que ele é!

* Roberto Carlos no palco encanta todos nós. É óbvio que há uma transformação; ele até parece um ser iluminado durante os shows. Para o senhor isso é parte da espiritualidade forte que ele tem?
"Pe.AM" – Roberto Carlos é um instrumento de Deus, é imagem e semelhança de Deus, como todos nós deveríamos ser. Deus quer se manifestar ao mundo através de cada um de nós, lá onde ele nos coloca, vivendo aquele caminho que Ele traçou para cada um de nós. O palco é o lugar onde Deus colocou o seu filho Roberto Carlos e é ali que Deus quer que o encontremos também através da luz, do brilho, da arte, do amor, dos dons do Roberto. Ele tem luz própria porque Deus está no coração dele. “Essa luz só pode ser Jesus!”, não é assim que ele canta?

* Todos nós temos uma missão na Terra mas parece que Deus escolhe alguns a dedo para ser uma pessoa especial. Com certeza Roberto Carlos foi um dos privilegiados. O senhor concorda?
"Pe.AM" – Plenamente. Deus fez a flor bela para falar de sua beleza. Fez o fruto saboroso para que assim o saboreássemos e tivéssemos gosto pelas coisas dele. Roberto recebeu dons especiais de Deus e creio que tem sido fiel à missão de ser causa segunda da causa primeira que é Deus.

* Para terminar, como o senhor define Roberto Carlos?
"Pe.AM" – Eu defino Roberto Carlos como um homem, um ser humano, com qualidades e também com limitações que faz parte daqueles que não são anjos. Como ser humano é simples, humilde, amigo, coerente, sincero, verdadeiro. Nele o que conta não é o verniz; é a madeira. Roberto é madeira de lei. Roberto é um privilégio que Deus nos concedeu. Um grande presente. Um dos maiores presentes que Deus me deu na Terra. Louvo e agradeço a Deus por todos os momentos de emoções que vivi e vivo por meio deste filho querido de Deus. Que Deus o abençoe muito!

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